sábado, 25 de maio de 2013

One Shot – Lute contra a distância.

"Distância é o fim para quem tem coração." – Manu Gavassi.

Eu sentia vontade do seu abraço, de seu cheiro, de sua risada. De seus braços que eu nunca senti. Isso mesmo, eu apaixonada por alguém que nunca vi na vida, quero dizer, somente pela internet. Sabe ás vezes a distância maltrata e ás vezes não, por exemplo, quando brigamos agradeço por estarmos longe. Mas depois vem a vontade de tê-lo somente para mim.
Distância, distância, distância. Uma palavra. Oito letras e um sentimento de vontade.
É algo tão ruim, tão angustiante. Ouvir sua voz somente pelo celular não é o bastante, não para mim, não para o meu coração. É ridículo quando mamãe pergunta: “Quanto irei conhecer o garoto que anda colocando sorrisos maravilhosos em seu rosto?”. E você ter que dizer apenas um: “Não sei!”.
Vocês, garotas, que tem o seu amor por perto, agradeçam. Não briguem, á não ser se for sério. Não coloquem toda a culpa da qualquer coisa em cima dele, do garoto que te faz sentir nas nuvens, que faz seu estomago embrulhar só de tê-lo tão perto, que lhe faz sorrir apenas com um olhar.
Um olhar. Era tudo o que queria dele. Olho no olho. Estranho, não? Meu primeiro namorado e eu nem o conheço pessoalmente.
É terrível ouvir suas amigas falarem sobre suas noites amorosas, as surpresas fofas que seus namorados lhe fazem, ou os presentes que ganham no dia dos namorados todo ano e você ter que ficar calada, de cabeça baixa, querendo estar apenas em um lugar: Nos braços dele.
Nos braços daquele loiro bobão que me faz rir todas as noites em claro, por um webcam. Aquele que me faz arrepiar com sua voz rouca e suave, com a sua risada contagiosa e gostosa de ouvir, que me faz delirar com suas palavras românticas, que ás vezes me faz me morder de ciúmes quando fala de outra garota e de quanto ela é bonita.
Ás vezes me sinto completamente inútil por não poder fazer nada contra essa maldita distância. Essa palavra pode não ter significado nenhum para alguns, mas, ela simplesmente destrói com o meu coração, o deixa em pedacinhos somente em segundos apenas de ouvi-la.
Ela me corrói por dentro, me destrói. E o único que pode fazer parar de doer, está longe. Longe dos meus braços.
É inacreditável. O amor que sentimos um pelo outro é tão forte, tão... Difícil de explicar. Não foi nada fácil ficar nove meses apenas se falando por celular e internet. Poder apenas ouvir a respiração um do outro e não sentir é tão doloroso.
Por que tudo é tão doloroso quando se trata de distância? Quando se trata de amor?
Raios!
Nem sei por que estamos passando por tudo isso! É tão difícil assim para o destino entender que precisamos um do outro como se fosse oxigênio para respirar? Será que é tão difícil entender que nos amamos?
Que droga.
– Melissa, eu vou ter que ir para casa! – avisei á minha colega, terminando de colocar o último livro na prateleira de crônicas.
– Tudo bem Ariana! – falou me olhando com um sorriso simpático. – Termino tudo por aqui.
– Obrigada. – peguei minha bolsa e arrumando melhor minha roupa meio amassada. – Até amanhã. – lhe acenei saindo da biblioteca do colégio.
Saí andando pelos corredores frios da grande escola onde estudo. Todas ás sexta-feira ajudo Melissa a arrumar a biblioteca. Adoro livros. Adoro ler.
Ler é a minha segunda paixão, depois de Justin.
Caminhei até minha casa, claro pensando em Justin como sempre. Ele está sempre em meus pensamentos, não importa onde estou ou o que estou fazendo. Praticamente invade meus sonhos todas as noites e quando não consigo dormir, é por causa dele. Por causa de uma maldita dor.
Mas a imagem dele sorrindo me faz esquecer de tudo, ouvir sua risada nos cantos de minha mente me faz viajar para outro mundo. Um mundo onde não á nada que nos impeça de ser feliz e de viver o nosso amor.
Tudo o que eu queria era estar nos braços dele, mas como diz minha mãe nem tudo é como a gente quer.
Nem tudo é perfeito em nossa vida. Devemos nos acostumar com isso desde que nos entendemos por gente, por que se não depois a vida só te fode. Você se torna uma pessoa mesquinha. E isso é ridículo.
Suspirei abrindo a porta e fui até a cozinha encontrando minha mãe fazendo uma torta.
– Oi querida. – lhe dei um beijo na bochecha enquanto ela sorria fazendo sua torta.
– Hum! Oi... Torta de morango?
– Sua preferida, hoje é um dia especial. – franzi a testa. – Ah! Tem uma surpresa para você meu anjo, lá no seu quarto.
– Uma surpresa?
– Sim e acho que você vai amar.
 – Você me comprou um pacote gigante de doritos para mim? Ah, mamãe. Eu te amo. – dei pulinhos logo depois a abraçando fazendo a mesma rir.
– Não, não é isso. – ela ria enquanto eu a soltava fazendo uma cara de incredulidade. Fingida é claro.
– Não? – fiz um bico.
– Não mocinha. – ela fez uma cara séria mas não segurou o riso. – Vai lá enquanto termino a torta.
Dei de ombros assentindo, me dirigi até a escada e subi rapidamente, andei pelo corredor com pressa. Estava louca para saber o que era, oras se não é um doritos gigante não sei o que é.
Abri a porta rapidamente. Joguei a bolsa no divã e quando olhei para cama quase caí de cara no chão.
Era ele. O meu amor. O meu Justin. Ele estava ali, segurando uma foto minha que tinha na cabeceira da cama com um lindo sorriso no rosto. Ele se alevantou enquanto eu ainda estava com uma cara boba não acreditando naquilo.
Ele estava ali. Em carne e osso.
O loiro veio até á mim em passos ligeiros e me abraçou, me fazendo acordar para a realidade o abraçar com força deixando as lágrimas caírem. E dessa vez não eram lágrimas de dor e nem de vontade de tê-lo, eram lágrimas de felicidade e eu as deixava cair livremente por meu rosto enquanto eu o apertava com todas as forças possíveis que havia dentro de mim afundando meu rosto em seu pescoço deixando que seu perfume bom entrasse por minhas narinas me fazendo relaxar.
– Oh, minha Ari. – sussurrou acariciando meus cabelos.
– Justin! – murmurei chorosa e ele nos afastou um pouco em um modo que me visse, mas não tirasse seus braços de meu redor.
– Por que chorar pequena? – ele riu fraco.
– Eu sei né. – ri junto deixando que ele passasse seus dedos delicadamente por minhas bochechas limpando as lágrimas. – Mas é que chorar faz parte.
Ele sorriu ainda mais.
– Sua chorona.
– Não. Eu sou sua chorona.
– Minha chorona! – segurei seu rosto de pele extremamente macia, como imaginei, o acariciando.
– Não me diga que estou sonhando de novo.
– Você não está. Acredite.
Eu sorri deixando a última lágrima cair antes de selar nossos lábios delicadamente. Nós nos beijávamos com amor, vontade, carinho e tudo que á de bom. Tudo o que estava dentro de nós, reprimido.
Ficamos mais ou menos uns 10 minutos nos beijando, apenas matando a vontade.
– Nem a distância irá nos separar. – sussurrou com a testa colada na minha e com a respiração ofegante, eu não estava diferente.
– Nem à distância. – sussurrei o selando novamente.
Acreditem, tenham fé e não desistiam daquilo que mais querem em sua vida.

Vá atrás e lute. Por que nenhuma distância poderá acabar com seus planos.
Fim.
Créditos: Frase.

A inspiração dessa shot veio de uma notícia que eu recebi ontem, meus pais estavam na sala discutindo sobre mudança e minha mãe me avisou que nós iremos nos mudar para SC no final do ano se tudo der certo em um processo que meu pai está e foi como se meu mundo desabasse por que eu irei ter que deixar as pessoas que eu mais amo no mundo, as pessoas que me deixaram de pé esse tempo todo. Irei deixar minhas vadias, minhas doidinhas aqui e isso me dilacerou por dentro. Então acredito que vai ser assim, celular e internet o tempo inteiro, então... Espero que tenham gostado.
(Feito por: @nothinglik3jas e @mybabelucy)

Um comentário:

  1. Oiii amor, pode dar uma olhadinha na minha fic? Se gostar comenta, é MUITO importante pra mim. Você será muito bem-vinda www.fanficdobieber69.blogspot.com.br :)

    ResponderExcluir